As instituições sobrevivem de resultados.
Instruir os fieis a construir, dentro de si, nos seus pensamentos e atitudes do dia a dia, o caráter de Deus, ensinando que todos nós somos uma centelha de Deus e que precisamos expressar Deus em nossas ações a cada momento não produz resultados imediatos, portanto não interessa à instituição.
A fé em Cristo para se salvar do inferno, isto sim, produz resultados imediatos.
O medo de morrer sem salvação leva as pessoas a procurarem a instituição em busca de redenção instantânea, e esta redenção deve ser renovada a cada culto, a cada ida a esta instituição, atendendo aos dogmas e contribuindo financeiramente para a existência desta organização.
No fundo, uma reedição da venda de indulgências combatida por Lutero no século XVI durante o movimento protestante.
Em consequência há um êxtase coletivo, como aquele êxtase produzido pelas drogas.
Ninguém questiona, ninguém evolui, ninguém contesta... por causa do MEDO.
É o princípio do medo que faz com que as instituições se estabeleçam, com todas as suas regras e hierarquias e privilégios.
Satanás e tudo associado a ele (inferno, tentação, doenças, etc) serve bem a este propósito ao ponto de podemos questionar se o diabo não é o principal acionista (sócio) das principais instituições eclesiásticas.
Assim como numa escola construir o saber é uma tarefa difícil e negligenciada pelas instituições de educação, preferindo-se os resultados imediatos que a ameaça de perder o ano produz, as instituições religiosas negligenciam a construção do caráter de Cristo.
"De tudo o que se têm ouvido, o fim é: teme a Deus e guarda os Seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem." Eclesiastes 12:13