sábado, 8 de dezembro de 2012

DE VOLTA ÀS ORIGENS

Lançar um olhar sobre o cristianismo anterior ao século IV, poderia nos conduzir à essência da mensagem de Jesus de Nazaré.

Jesus foi um judeu simples (filho de carpinteiro) que trouxe uma mensagem simples a um povo simples.

Se o imperador romano Constantino não tivesse percebido, nesta simples mensagem e no efeito que ela produzia naqueles que a ouviam, uma oportunidade de unificar seu reino e reconquistar seu domínio sobre o império, provavelmente nem saberíamos da existência deste homem Jesus. Se esta, porém, foi uma providência divina ou um mero capricho humano, apenas a experiência da fé de cada cristão poderá responder.

Naquela época (século I ao IV), não existiam os inquestionáveis fundamentos sobre os quais se assenta a chamada teologia cristã ortodoxa: o Messias sofredor, a divindade de Cristo, a Trindade, a existência de céu e inferno.

Graças às recentes descobertas da arqueologia, sabemos que existiam muitos grupos de seguidores de Cristo (cada um com seus escritos) que interpretaram os ensinamentos do Mestre de forma diversificada, fora da visão ortodoxa da igreja romana, expressando sua interpretação particular sobre a pessoa de Jesus e Sua proposta redentora para a humanidade.

A despeito de estarem certos ou errados, estes grupos apresentavam uma interpretação baseada na medida da sua fé e serviço sinceros ao Messias.

Eram cristãos judeus, no início, interpretando a salvação associada aos preceitos do judaísmo (que tem no Evangelho de Marcos seu representante)  antes da chegada dos cristãos helênicos e sua visão mitológica do mundo, com seus deuses, seu conceito filosófico de que a vida é possível após a morte do corpo (visão esta não compartilhada pela doutrina judaica na qual o Messias prometido irá ressuscitar corpo e alma).


Concílio de Nicéia - 325 d.C.

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