quinta-feira, 30 de maio de 2013

A ORIGEM DE DEUS

A consciência de Deus, nas culturas primitivas, parece ter-se concretizado a partir das experiências humanas.

A partir do contato das limitações com o ilimitado, do temporal com o eterno, do concreto com o milagre, o homem chegou à interpretação de que existem forças externas e superiores à sua própria consciência que governam o cosmos, a vida e a morte.

A esta expressão sobrenatural as culturas primitivas chamaram "Deus", passando pelo inominável dos judeus, pelo sofredor do cristianismo, pelo guerreiro dos islamitas e chegando até nós de múltiplas e diversificadas formas quantas forem as correntes teológicas modernas.

Mas, o que para muitos parece ser uma definição de que Deus é "produto da mente humana", para mim é a comprovação de uma realidade pessoal, vivida, experimentada de proximidade com o sobrenatural, portanto bela e inexprimível (que é a própria definição de religião).

A forma como esta experiência se manifesta nas diversas culturas e religiões não desqualifica a fonte de sua origem primeira: ELE É!



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LIBERDADE DE EXPRESSÃO


Se há um sistema, seja ele político, social ou religioso, que suprime seu direito a livre consciência, certamente há algo errado.

A religião deve ser utilizada para criticar a própria religião, evitando-se, assim, que se reproduzam excessos e cerceamento do direito ao livre arbítrio.

A renovação de idéias não significa rejeição às definidas anteriormente, mas a revisão dos pontos de vista convencionalmente apreendidos como verdades  para que eles se tornem contextualmente adequados à modernidade.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

A ciência são os óculos da fé.

A fé, por seu próprio caráter emocional, está exposta a uma tendência ao
exagero, à supervalorização e a interpretar fenômenos físicos como
expressões de transcendência mística.

A ciência permite enxergar melhor a ação do milagre divino.

Segundo alguns autores, e eu concordo, a declaração
bíblica de que "a ciência incha" (1) é uma demonstração de preconceito
de época contra os métodos científicos, e que levou tantos estudiosos
às fogueiras da inquisição na Idade Média.

Assim como os cientistas não chegam  à novas descobertas sem fé,
a religião não se renova se não permitir que novas descobertas
científicas a livre das superstições do passado e da ignorância
religiosa cultivadas como verdades divinas
absolutas
nos calabouços dos conventos medievais.

(1) I Livro aos Coríntios 8:1

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CONHECIMENTO X FÉ

O que fazer com o conhecimento 
quando a dúvida da vida nos assola,quando a dor aflora,
quando o medo nos apavora, quando a ausência é sentida 
e quando a solidão nos incomoda?

O que fazer com todo este novo conhecimento sobre a religião, 
as descobertas recentes e a mudança de paradigmas sobre os dogmas cristãos? 
Podem eles nos salvar do terror noturno ou do medo do vazio da alma?

Não pode.

A FÉ sempre triunfa onde o conhecimento não tem respostas.

A essência da vida é DEUS.

De que forma Ele se expresse, em que cultura ele se antropomorfizou, 
de que anseios humanos Ele criou substância no modo espaço e tempo... 
...não importa.

ELE É!

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quinta-feira, 16 de maio de 2013

E SE NÃO EXISTIR???

Alguns autores religiosos mais modernos colocam algumas questões interessantes: e se não existir vida após a morte, e se não existir céu nem inferno, e se a alma não for imortal?

Se descobríssemos que todos os dogmas e certezas religiosas fossem, na verdade, criações dos concílios ortodoxos estabelecidos a partir do IV século depois de Jesus para lançar os fundamentos de uma nova religião, o cristianismo, para se opor à religião judaica e, após o século VII, a do islã, e se fortalecer como instituição de poder político na Idade Média?

A pergunta é: o que mudaria na minha fé?

Descobrir que o reino de Deus é aqui na terra, como pensavam os judeus, que a bíblia foi escrita por pessoas normais, sujeitos a interpretações pessoais, regionais e temporais dos eventos que lhes eram contados oralmente e não um livro-oráculo infalível, que certos dogmas "santos" como a trindade, a essência divina de Jesus, a ressurreição, o paraíso, a recompensa eterna no céu... seriam capazes de mudar a fé de um devoto verdadeiro?

Será que o culto à personalidade, considerada divina, de Jesus substituiu, ao longo dos séculos, o dever de praticar o amor, a solidariedade e a confraternização que foram ensinadas por Ele?

Deixaria alguém de amar já que não pode mais esperar uma recompensa pós-morte?
Deixaria de fazer o bem já que não pode mais contar com uma aura divina "inspirando" sua bondade?
Deixaria de ser solidário já que as promessas de vida eterna, graça, galardão e paraíso são fruto de uma interpretação pessoal de determinado autor em momento de convulsão íntima?

Eu acho que não.

Parece que a vida tem mais sentido quando entendemos que foi aqui que Cristo viveu, amou e sofreu, por isso é aqui que devemos viver, amar e sofrer também.
Ter fé no ensinamento de Jesus é melhor do que ter fé no culto de sua personalidade, seja ela divina ou não, fomentada por pessoas de boa intensão mas entendimento naturalmente limitado contextualmente.

Se o céu (ou o inferno) fosse aqui, a vida seria mais intensa para muitos fiéis que vivem esperando morrer para alcançarem uma aposentadoria eterna de graça e delícias.

Não tenho a pretensão de estar certo (espero até estar errado), mas que a dúvida liberta a alma, isso sim!

Contato: pereirarquiteto@ig.com.br

sábado, 4 de maio de 2013

SACRIFÍCIO

A mensagem de Jesus para a humanidade é não apenas amor, incondicional e irrestrito, como também sacrifício.

Amor exige sacrifício.

Sacrifício sem amor é um ato vazio, completamente desprovido de sentido.

Abraão recebe de Deus a tarefa de sacrificar seu filho Isaac. Como prova do seu amor, Deus substitui Isaac por um cordeiro sem mácula.

Nos evangelhos, ao contrário, é também por amor que Deus substitui o cordeiro pelo sacrifício do seu próprio filho.

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