sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Breve leitura

Estou concluindo a seguinte leitura:


O autor iraniano Reza Aslan defende a tese de que Jesus, além da dimensão religiosa, foi também um revolucionário no campo social, político e econômico, perspectiva essa que lhe foi negada pelos autores evangélicos na expectativa de fugir de confrontar as novas comunidades cristãs com as autoridades romanas, o que foi bastante conveniente às aspirações do imperador Constantino para consolidação e expansão de seu poder.

Ele defende sua tese a partir da declaração de Jesus: "Não cuideis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada." (Mateus 10:34)

Vivendo uma época em que o subjugado povo judeu era explorado tanto pelo cruel império romano quanto pela corrupta elite sacerdotal do Templo, Jesus não teria sido insensível ao sofrimento do seu povo quando afirmou, por exemplo: "Bem aventurado os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos." (Mateus 5:6)

Desta forma, segundo o autor, a pregação de Jesus era pelo estabelecimento do Reino de Deus sob uma perspectiva não espiritual, distante, mas sob uma perspectiva factual, messiânica e contemporânea ("Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte sem que vejam chegado o Reino de Deus com poder." Marcos 9:1).

Nenhum comentário:

Postar um comentário