Há três momentos distintos na compreensão do evangelho no I século:
1º momento: Fé + obras da Lei + judeus;
Tiago, líder da Igreja em Jerusalém, defendia que Jesus era o Messias dos judeus exclusivamente para libertação dos judeus, conforme a escritura, e que a salvação era pela fé no Messias e prática dos ritos judaicos, especialmente a circuncisão.
2º momento: Fé + obras da Lei + judeus + gentios;
Pedro, membro da Igreja em Jerusalém, admite que a salvação pode ser extensiva aos gentios, conforme um sonho que teve.
3º momento: ( Fé + graça + judeus + gentios ) - obras da Lei;
Paulo exclui as obras da Lei e introduz a teologia da graça divina, pregando a salvação, pela graça e não pela Lei, primeiro aos judeus depois aos gregos (gentios).
4º momento: ( Fé + graça + gentios ) - ( obras da Lei + judeus ).
Rejeitado pelos judeus, Paulo amaldiçoa o povo de Israel voltando-se exclusivamente para os gentios, pregando que é necessário se libertar das práticas da Lei. Paulo, portanto, exclui os judeus e sua Lei da sua teologia da graça divina
Pode-se perceber que a evolução do pensamento cristão começou pelos judeus e terminou pelos gentios, começou pela Lei e terminou pela graça.
O que diria Jesus de tudo isso?
"(Disse Jesus:) Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir." Mateus 5:17
Jesus Parece manter uma forte ligação com a Lei durante o seu ministério. Jesus reprova, sim, as práticas sacerdotais de sua época que transformaram a Lei em um tão grande fardo que nem eles mesmos podiam carregar.
Neste sentido, poderiamos afirmar que o Cristo conclama seu povo de Israel à voltar ao espírito da Lei, e não à letra morta?
"Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar os filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos." Marcos 7:27
De onde Paulo retirou a doutrina da GRAÇA disassociado às práticas da LEI?
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