domingo, 26 de janeiro de 2014

Estou de volta!

Neste novo ano de 2014, pretendo retomar a pesquisa sobre a essência do evangelho de Jesus.

Após a leitura de Atos dos Apóstolos, pude perceber o seguinte:

1.A base da autoridade dos apóstolos, após a morte de Jesus, foi a afirmação de que aquele carpinteiro de Nazaré era o Cristo das profecias, cuja ênfase na sua ressurreição foi o atestado incontestável da sua autoridade como o Filho de Deus.

2.No primeiro século duas doutrinas entram em rota de colisão:

2.1. A fé no Cristo ressuscitado deve ser acompanhada das práticas judaicas (as "obras" segundo Tiago, líder da igreja em Jerusalém).

2.2. Surge Paulo pregando a mesma fé no Cristo porém desassociado das práticas do judaísmo, uma fé incondicional mediante a graça "sem as obras da Lei".

Estas duas correntes entram em choque no livro de Atos.

No tempo que existiu a congregação de Jerusalém (até 70 dC) parece ter prevalecido a doutrina da fé acompanhada das práticas do judaísmo.

Apenas depois que os cristãos-judeus iam sendo sacrificados pelo governo de Roma (até seu banimento total) é que a doutrina da fé sem as obras de Paulo encontrou campo fértil para florescer, consolidando-se com a adoção do cristianismo como religião oficial do estado romano.

Atualmente é comum a tentativa de associar as duas posições, evitando-se a contradição.

O livro de Atos demonstra que haviam dúvidas, questionamento, reconsiderações. A doutrina não era hermética e incontestável, como acontece hoje. Os debates eram saudáveis e evitavam o sucateamento da fé.

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