JESUS É AMOR
Um fiscal de trânsito pára um motorista que acaba da cometer uma
infração e começa a falar: “Bom dia, cidadão. A velocidade que o senhor estava
desenvolvendo na via coloca em risco a vida de outros motoristas e dos
pedestres, além da sua própria. É preciso entender que o bem mais precioso que
temos é a vida e por isso é importante que o senhor perceba o outro como uma
extensão de si mesmo. Não apenas isso, mas essas pessoas têm família, muitos
são pais, filhos, esposos e esposas e, pondo em risco cada uma delas, o senhor
põe em risco toda a sobrevivência de uma geração...”
O guarda ia continuar quando, irritado, o infrator o interpela: “Seu
guarda, dá pro senhor lavrar logo
essa multa e me liberar???”
Esta é a diferença entre a mensagem de Jesus e o sistema que se chamou
posteriormente de “cristianismo”.
Jesus ensinou o AMOR. O cristianismo desenvolveu uma série de regras e
fórmulas que se afastou completamente da mensagem simples e pura daquele em
quem pretendia se inspirar.
Jesus disse: “Eu e o Pai somos um.”
Quem é o Pai? João, inspirado, proclamou: “Deus é AMOR”.
É tão atraente e conveniente entrar na discussão, sem méritos, sobre se
o crente perde ou não a salvação, se cai ou não da graça, se perde ou não o
galardão, se existe ou não céu e inferno, se Deus é um ou três pessoas, se
Maria foi virgem ou não, se fazer isso ou aquilo é pecado... (e tantas outras
regras e condições) do que acordar, a cada manhã, se perguntando: o que devo
fazer hoje para amar o meu próximo?
Dar um simples bom dia, tentar compreender as necessidades dos meus colegas e
amigos, procurar compreender os motivos daquele que me tem como inimigo,
colocar as vezes a razão de lado sendo menos EU e mais NÓS, sacrificar um pouco
do meu tempo para ouvir o outro...
Viver como “crente” é fácil. Viver em amor é uma tarefa diária, persistente, exige sacrifício (como Jesus
se sacrificou), disposição mental em melhorar, negação da natureza, tomada de
decisão, superação, renovação...
Observar as regras nos conduz a uma falsa sensação de segurança do
tipo: “porque observei as regras “sinto” que não pequei, por isso estou na
graça e não perdi meu galardão nem a salvação, portanto não vou para o inferno
como os outros pecadores miseráveis...” uma forma mesquinha de viver o
evangelho e que nada tem a ver com o AMOR.
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