domingo, 20 de janeiro de 2013

DEUS EXILADO

Os judeus tinham uma visão sobre Deus diferente da visão do cristianismo.

Para o judeu, Deus estava no centro da ação. 

Diferentemente do cristianismo, os judeus não esperavam seu messias vindo "do céu", assim como não compartilhavam da crença de que este "céu" era o lugar para onde um ressuscitado deveria ir após a morte. Para o judeu, o reino de Deus se estabeleceria aqui mesmo, na terra, ainda durante a geração que conheceu o messias.

A primeira tentativa de expulsar Deus do centro aconteceu quando os judeus pediram ao profeta Samuel para lhes ungir um rei... um rei que caminhasse à frente das suas guerras.  

A bíblia registra a tristeza de Deus: "Ouve, Samuel, a voz do povo em tudo quanto te disser, pois não te têm rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele." I Samuel 8:7.

A segunda tentativa de expulsar Deus do centro foi quando os autores e bispos dos primeiros séculos do cristianismo, querendo formar uma estética religiosa para a nova crença no nazareno, criaram um "céu" distante e recluso, nos moldes do Olímpus dos deuses da mitologia helênica, e O colocaram neste exílio.

O que o novo evangelho precisa fazer é convidá-lO a descer e interagir, ensinar a humanidade a AMAR como Ele amou.

Se pensarmos em nós mesmos sob a perspectiva do ato de amar, certamente não nos sentiremos tão dignos de salvação, qualquer que seja o plano ou estratégia de redenção dos pecados.

É por isso que o cristão moderno é tão despreparado para o exercício real do ato de amar?

Seria preciso Jesus voltar hoje e, decepcionado, perguntar: "vocês não entenderam nada? Criaram religiões  e igrejas quando eu queria simplesmente que vos amassem uns aos outros?"


Contatos: pereirarquiteto@ig.com.br


Nenhum comentário:

Postar um comentário