PARTE I - O SURGIMENTO DA RELIGIÃO
O surgimento da religião se deu, provavelmente a cerca de 12 mil anos, com o fim da era pré-histórica.
No momento em que o homem passou de caçador-coletor a domesticador de animais e produtor de seu próprio alimento (agricultura), passando de nômade para sedentário, a religião surgiu como unificador em torno de crenças comuns, incentivando os conceitos de moral, direitos, respeito, limites, imprescindível para uma convivência pacífica e a sobrevivência de um grupo que, pela primeira vez na história, se preocupava (e fazia planos) com o futuro.
Antes disso, o homem se via como parte da natureza, sem distinção.
Agora ele se percebe diferente, superior aos animais, controlador do tempo, das estações.
Com a sistematização das atividades em torno da produção agrícola e da domesticação de animais para a execução de tarefas repetitivas e pesadas, sobrou mais tempo para o homem pensar.
A nova arte do pensamento junto com o compartilhamento em torno de crenças comuns em divindades que ordenavam as forças da natureza estabeleceu o fundamento da religião moderna.
As descobertas em sítios arqueológicos de civilizações muito antigas (mais antigas que a própria civilização egipsia) demonstraram que, no centro daquelas pequenas comunidades, em geral, havia um templo, local de reuniões, adoração e, provavelmente, local de sacrifícios ou culto aos mortos.
Segundo alguns escritores modernos, um contrassenso é que a religião, que também surgiu para frear a violência inerente ao homem, tenha sido, historicamente, um fator de incremento de mais violência ainda, chegando a afirmar que religião e violência são dois lados da mesma moeda. Muitas vezes, para controlar a violência de grupos pequenos dentro da comunidade, a religião lançou mão da própria violência e em proporção muitas vezes maior.
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