O cristianismo, a despeito de alguns acharem que, por tem este nome, foi criado por Cristo, não é verdade.
Cristianismo foi uma religião criada no IV século d.C. inspirada na figura e carisma de Cristo.
Jesus, chamado o Cristo (Messias no hebraico) não criou religião, nem escreveu qualquer carta ou evangelho, nem ordenou qualquer sucessor que continuasse seu trabalho após a sua morte.
Nas primeiras décadas após sua partida, seus discípulos divulgaram versões de seus ensinos que, mais tarde, foram registradas em evangelhos e cartas às igrejas (reunião doméstica dos primeiros convertidos e não instituição ou denominação como a conhecemos hoje).
O Imperador romano Constantino, no século IV d.C., reuniu alguns bispos, sob sua ordem, e dirigiu o primeiro concílio para estabelecer uma ortodoxia que deveria prevalecer sobre os outros grupos religiosos e considerar anátema todas as outras versões e interpretações acerca dos ensinos e da personalidade de Jesus.
Assim foram escolhidos os 66 livros que compõem a bíblia, ordenando que todos os outros escritos fossem considerados apócrifos, e aqueles que os lessem passivos de excomunhão da comunidade cristã e, posteriormente, a morte.
Com discussões acaloradas e nem sempre "santas", foram sendo estabelecidos muitos dos dogmas que influenciaram para sempre toda a cristandade, inclusive os evangélicos: a trindade, o céu x o inferno, o celibato, a consubstanciação do corpo de Cristo no pão e no vinho, o pecado x a recompensa no céu, culminando com o culto à Maria como intercessora entre Deus e os homens (um autor católico afirma que o culto à Maria surgiu, provavelmente, para compensar a necessidade que os prelados sentiriam de se relacionar com a figura feminina, já que o celibato proibia o contato com o sexo oposto.)
Assim foi edificado o Cristianismo, instituição romana à serviço do poder venal.
Se Deus trabalhou certo através de mãos erradas, só a fé de cada um pode aquilatar.
Contato com o autor: pereirarquiteto@ig.com.br
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