quarta-feira, 9 de abril de 2014
Paulo e "O Caminho" (Tao)
"Na busca do conhecimento, todos os dias algo é adquirido,
Na busca do Tao (Caminho), todos os dias algo é deixado para trás."
"Caminho" é um velho conhecido do apóstolo Paulo:
"Mas confesso-te que, conforme àquele Caminho, a que chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais..." At. 24:14
Também há outras referência de Paulo ao "Caminho" no livro de Atos: 19:23; 22:4.
A expressão chinesa do Tao (ou Dao), de onde deriva o Taoismo, refere-se ao "Caminho fundamental do cosmos. Como compreende a plenitude da realidade, o Tao não tem qualidades, nem forma; pode ser sentido, mas não visto; não é um deus; precede o céu e a terra e supera a divindade. Não é um ser, nem um não ser." (1)
Segundo alguns autores, o Taoismo é uma filosofia chinesa que remonta a cerca de 2000 anos a.C. Teria Paulo, homem sabidamente conhecedor de diversas culturas e tradições de sua época, se inspirado no Tao (Caminho) chinês para identificar, naquela nova "seita", a expressão da busca constante pela essência do insondável?
"Trinta raios convergem para o meio de uma roda
Mas é o buraco em que vai entrar o eixo que a torna útil.
Molda-se o barro para fazer um vaso;
É o espaço dentro dele que o torna útil.
Fazem-se portas e janelas para um quarto;
São os buracos que o tornam útil.
Por isso, a vantagem do que está lá
Assenta exclusivamente
na utilidade do que lá não está."
Tao Te Ching (道德經), Cap. 11
(1) Karen Armstrong, Em Defesa de Deus, p.31
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